Portugal atinge recorde de projetos de investimento estrangeiro em 2017
Um estudo da EY afirma que Portugal nunca contou com tantos projetos de investimento estrangeiro como em 2017.
Portugal é agora considerado o país mais atractivo da Europa para investir no curto-prazo, contando com um valor épico de investimento estrangeiro registado em 2017.
Através do Inquérito de Atractividade publicado esta quinta-feira pela EY, Portugal tornou-se um país bastante atrativo.
Em 2017, surgiram 95 projectos de investimento directo estrangeiro (IDE) – mais 61% que em 2016, quando a contagem não passava dos 59. Além de um total recorde, este é o maior salto anual desde 2005, o primeiro ano em que foi lançado este inquérito.
Se no número de projetos Portugal está abaixo da média da Europa, no crescimento supera largamente o bloco, que aumentou apenas 10%. E como os projectos não avançam sozinhos, foram criados 7.657 empregos para ajudar a pô-los em marcha.
A comparar com a média da UE, Portugal volta a ficar à frente, apesar de estar muito atrás do líder.
Para trás ficam Bélgica, Itália e Grécia. Portugal, o mais atractivo no curto-prazo Estes números fazem notar o crescente apelo de Portugal aos olhos dos investidores estrangeiros.
No que toca à percepção da atratividade e aos planos de investimento no curto prazo, Portugal aparece no estudo como o favorito em território europeu, ultrapassando Espanha, a França e a Alemanha.
Uma fatia de 65% dos 203 inquiridos olham para o território nacional com interesse e quase um terço dos entrevistados – 31% – deram a garantia em nome próprio que o nível de investimento não vai ficar por aqui, e afirmaram ter projectos na calha para os próximos três anos.
Lisboa surge novamente como a região mais atrativa, seguida pela região Norte, Centro, Algarve, Madeira, Alentejo e Açores. Contudo, foi o Norte a conquistar o maior número de projectos, entre os quais Euronext, Natixis, Bosch, Vestas e a Zalando.
Em Lisboa, instalaram-se empresas como a Cisco, Siemens e Google. Juntas, a região norte e a capital colheram 70% do total de investimentos. Quase metade dos projectos, e portanto a grande massa de postos de trabalho (3.139), surgiram no sector da indústria.
A área de investigação e desenvolvimento destaca-se em segundo lugar, ao acolher 18 projectos que se traduzem em 1.420 empregos. A fechar o pódio do número de projectos estão os negócios de vendas e marketing.
Porém, são os centros de serviços partilhados que mais criam emprego a seguir à indústria. Com mais investimento, Portugal é visto como um país de estabilidade social, e este constitui o principal factor de atratividade, de acordo com 86% dos inquiridos.
Por outro lado, o estudo evidencia os pontos a melhorar. Os inquiridos queixam-se da carga fiscal e dos incentivos às empresas, nomeadamente no que toca às regiões e a apoios mais específicos.
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