Governo lança linha de crédito de 100 milhões para empresas do interior
Como afirmado pelo primeiro-ministro, o Governo lançará uma linha de crédito de 100 milhões de euros.
Esta linha de crédito destina-se exclusivamente a micro e pequenas empresas que se situem no interior do país, a par da reprogramação do Portugal 2020.
Transmitidas por António Costa na abertura do debate quinzenal, na Assembleia da República, estas medidas debatem-se no sentido de rever o quadro fiscal das empresas que se instalem no interior, reduzindo-lhes substancialmente o IRC.
Perante os deputados, o líder do executivo procurou também assegurar “o compromisso de apostar na atração de investimento criador de emprego”, visando desta forma “fixar população nos territórios do interior”. “É nesse sentido que, ainda no quadro de reprogramação do Portugal 20/20, propomos um programa de incentivos ao investimento empresarial exclusivamente dirigido aos territórios do interior, para apoiar investimentos de 1700 milhões de euros no período de 2019 a 2021. E porque o apoio ao investimento não pode assentar apenas em atividades vocacionadas para a inovação e a exportação, vamos lançar uma linha de crédito no montante de 100 milhões de euros destinada exclusivamente a pequenas e microempresas situadas no interior para financiamento de projetos de criação, expansão ou modernização de unidades produtivas”.
Na sua intervenção, António Costa saudou as propostas apresentadas pelo “Movimento pelo Interior” a favor de um novo programa de investimento do Estado em relação às áreas do território com menor densidade populacional.
Identificou, também, a existência de um consenso a favor do combate às assimetrias territoriais. “Chegou, pois, o momento de criarmos as condições para que a coesão territorial passe de uma simples ideia a realidade. Sabemos bem que o movimento de abandono do interior tem décadas e que um fenómeno estrutural desta dimensão não se inverte em poucos anos. Mas sabemos também que, nunca como hoje, houve tanto empenho para assumir a coesão do território como um verdadeiro desígnio nacional”, afirmou.
Referiu que, entre outras medidas, novos critérios positivos aos incentivos ao investimento serão incorporados, dando prioridade a territórios de baixa densidade, com potencial de atração de investimento estrangeiro ou com programas específicos dirigidos ao interior.
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